Revista eletrônica @franquiaccmp – 4ª edição – Dezembro de 2023
Entrevista Lúcia Cavalheiro
Nossa convidada de dezembro hoje é a educadora musical Lúcia Cavalheiro nascida em 27/12/1973. Ela iniciou seus estudos musicais em: 1985 com apenas 12 anos de idade.
Hoje, com 49 anos de idade tem uma linda trajetória e um projeto musical lindo e inaugura em 2024 seu novo espaço musical.
Pergunta 1 – Conte um pouco sobre quando sentiu o desejo de ser uma educadora musical.
Muito cedo, eu tinha apenas com onze anos, e os meus pais começaram a seguir uma religião evangélica e nesta igreja havia um projeto de musicalização infantil e então eu comecei a aprender a música através da metodologia Pasquale Bona, onde passávamos anos estudando, divisão musical, teoria, rítmica, solfejos… era quase um teste de aptidão musical, pois, pela falta de educadores musical, falta de materiais didáticos… começávamos várias vezes e não evoluíamos pois éramos obrigados a esperar por algum voluntário que viesse de outras cidades, para dar seguimento no projeto. No entanto, a minha persistência nunca malograra. E baseado nas dificuldades que tive, senti forças para ser cada vez melhor, ser uma educadora profunda, ser inspiração, ser responsável e fazer o melhor do meu trabalho a todos os alunos que viessem até mim.
Pergunta 2 – Relate como foi a sua busca em prol do seu aperfeiçoamento profissional na área musical.
Quando estudei a música no projeto da igreja, fiz todo o programa que se pedia para posteriormente ser músico da orquestra da igreja, porém, eu percebi que a música é infinita e que para o propósito da orquestra ao qual estava sendo preparada tinha limites de ensino, então, não fiquei satisfeita e pedi aos meus pais que gostaria de continuar estudando. Na época com muitas dificuldades financeiras e sem esperanças a minha mãe me levou até aos professores da IECLB (Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil) e foi aí que passei a frequentar o conservatório de música e com muito êxito só evolui, porém, chegou um momento que meus pais não puderam mais pagar as mensalidades, então tive uma ideia me propus a fazer uma faxina por semana na casa da professora em troca dos meus estudos e assim fizemos. Fui imensamente acolhida pelos professores da IECLB e da PIBI (Primeira Igreja Batista de Ijui) onde tive aulas de:
- Técnica Vocal
- Treino auditivo
- Percepção musical
- Piano
Até hoje guardo com carinho os boletins das minhas aulas, pois, ganhava um boletim no início do ano e era avaliada a cada aula, sendo que as notas sempre foram acima de 9 e quando aparecia a nota 8, eu saia muito insatisfeita da aula.
Eu não tinha Piano nesta época então os professores da IECLB me deram a oportunidade de estudar num Piano que ficava no porão da igreja, mais tarde fui estudar com outra educadora musical e essa tinha o conservatório em sua casa “Cantabile” e como um anjo, ela me acolheu e sabendo das minhas dificuldades me deu a chave do espaço de música, onde eu começava estudar todas as manhãs das 07:30h até as 10:30h, pois neste horário ela lecionava na Faculdade Batista Pioneira.
Pergunta 3 – Conte sobre seus projetos musicais no início da carreira.
No início da carreira fiz muitos projetos, porém, sempre como voluntária. Ministrei aulas nessa modalidade por aproximadamente dezessete anos, mas me sentia engessada com muitas amarras do ensino tradicional, onde o que imperava era a decoreba, sem a preocupação de entender, eu mesma sentia que muitas coisas eu tinha na ponta da língua (ex. Graus das escalas…) ou na ponta dos dedos (Escalas M, m..) mas se pedisse pra explicar havia falhas e isso me perturbava e este fantasma do ensino de música tradicional me acompanhou por muitos anos.
No ano de 2012 mudei-me para o Estado do Paraná no município de Pinhais e vi a grande oportunidade de fazer uma faculdade de música (Licenciatura), me escrevi para o vestibular e consegui a vaga, foi aí que muitas luzes se acenderam, tive um feedback de todas as minhas dúvidas e um leque de novas oportunidades se abriram, porém, alguns fantasmas persistiram na minha condução de ensino.
Pergunta 4 – Conte nos sobre a descoberta da Franquia CCMP e os benefícios para sua carreira como profissional de música.
Me formei em 2019 e então o mundo teve uma pequena pausa com a chegada do Covid. Neste momento fomos obrigados a deixar de lado todos os projetos e sonhos. E assim eu esfriei o calor dos conhecimentos adquiridos e me sentindo sem eira nem beira pra voltar e colocar os meus sonhos, projetos e planos em ação.
Mas pedindo coragem e até, pedindo, que Deus me apresentasse alguém que entendesse os meus pontos fracos, alguém em quem eu conseguisse me expressar e desse o retorno necessário pra sanar as minhas dúvidas e me ensinasse a confiar no meu potencial… foi então num grupo de WhatsApp, de pessoas que frequentam a mesma igreja que frequento, fiz a seguinte pergunta: “Alguém saberia me informar algum cursos sério, competente, que domine a teoria musical, trabalhando de forma leve, descontraída, através de brincadeiras fundamentadas e embasadas cientificamente nos benefícios destes trabalhos?”, Alguém me respondeu, enviando mensagens no meu número pessoal dessa forma “Eu sei de uma educadora musical que tem tudo o que você quer e muito mais, é a autora Maria Paccelle do CCMP (Centro Cultural Maria Paccelle) e foi assim que eu cheguei neste oásis da sabedoria, porque num mundo onde a música, arte, está sendo reciclada, terceirizada… encontrar alguém tão fiel, tão leal… que luta incessantemente e incansavelmente pela disciplina música nas escolas, encontrar alguém que compõe centenas de canções voltadas ao ensino profundo, com letras educativas… encontrar alguém que produz conteúdos lúdicos, cujos cursos é materiais te fazem repousar todos os dias dentro de uma biblioteca de conhecimentos, onde eu me sinto cercada de ferramentas necessárias para cada ocasião, para cada aluno, para cada dificuldades e o melhor “Os cursos são voltados às necessidades mais básicas da tenra idade até as mais intensas, como as que uso para preparar um aluno para o vestibular de música”.
Então cheguei a uma conclusão que neste deserto de materiais específicos, que trabalhem para cada necessidade, seja ela em aluno com necessidades específicas ou com os pequenos, ou jovens e até a melhor idade eu encontrei no CCMP e com a sua gestora um Oasis que trouxe liberdade e segurança nos meus projetos! Recebi o convite para fazer parte do time de Franqueados CCMP e desta fonte inesgotável tenho formado grandes músicos e me sinto preparada para encarar qualquer obstáculo, na minha área, como educadora musical.
Pergunta 5 – Deixe uma mensagem para inspirar os educadores musicais.
A música é libertadora, é a minha melhor amiga, pois, ela entende o meu estado de espírito, me compreende e me representa, mesmo que eu não diga nem uma palavra, quando eu começo a tocar ela me acolhe, me abraça, me emociona e me transporta a lugares incríveis, pois, mesmo que alguém nunca me conheceu através da minha música eu sou lembrada!
A música me tira da tristeza e me curou da timidez! Através da música a tristeza pula de alegria e este idioma me abre as portas de qualquer lugar do mundo, e assim eu digo: seja músico, toque um instrumento e tenha a certeza essa amizade expressa através do coração!